Principal agência de saúde dos EUA oferece até US$ 25 mil para demissão voluntária de funcionários

Geral

Iva Soares

3/9/20252 min read

A maioria dos 80 mil funcionários do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, responsáveis por pesquisar doenças, inspecionar alimentos e administrar os programas de seguro saúde Medicare e Medicaid, recebeu por e-mail uma oferta para deixar o emprego em troca de um pagamento de até US$ 25 mil.

A medida faz parte de um programa de demissão voluntária, alinhado com os cortes de gastos promovidos pelo governo do presidente Donald Trump. Os trabalhadores poderão optar por participar do programa a partir de segunda-feira (10), tendo até sexta-feira para enviar uma resposta.

O e-mail foi enviado a toda a equipe do departamento, que inclui os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta, os Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), localizados no estado de Maryland.

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos é uma das agências federais mais caras do governo, com um orçamento anual de cerca de US$ 1,7 trilhão, sendo grande parte destinado à cobertura de assistência médica para milhões de pessoas inscritas no Medicare e no Medicaid. A agência supervisiona o seguro saúde de cerca de metade da população do país, com o Medicare destinado a idosos e o Medicaid a norte-americanos de baixa renda e com deficiência. Até o momento, o Departamento não comentou sobre a medida.

O secretário de Saúde de Trump, Robert F. Kennedy Jr., indicou que haverá grandes cortes na equipe. No ano passado, ele havia prometido demitir imediatamente todos os 600 funcionários do NIH, o braço de pesquisa biomédica do país. Embora não tenha cumprido essa promessa, Kennedy Jr. afirmou, após assumir o cargo no mês passado, que pretende reduzir o quadro de funcionários das agências de saúde pública.

“Tenho uma lista na cabeça”, disse o secretário, mencionando que alguns trabalhadores tomaram decisões “realmente ruins” sobre diretrizes nutricionais.

O governo Trump, com o apoio do bilionário Elon Musk, tem tentado reduzir o número de funcionários federais como parte de um esforço para cortar custos. Em janeiro, a maioria dos funcionários federais recebeu uma proposta de demissão voluntária com o equivalente a oito meses de salário. Milhares de funcionários em estágio probatório também foram demitidos em diversas agências federais, incluindo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

Essa última medida ocorre no momento em que o CDC está auxiliando no combate a um surto letal de sarampo no Texas e no Novo México, enquanto legisladores discutem cortes profundos no Medicaid no orçamento federal.

Fonte: G1